LER/DORT são duas siglas que significam, respectivamente, “Lesões por Esforços Repetitivos” e “Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho”
São então grupos de doenças que segundo os diagnósticos podem surgir por conta de trabalhos e atividades repetitivos e com muito esforço.
No entanto, estudos e análises recentes têm apontado como causas dessas doenças outros fatores que vão além das atividades e esforços repetitivos.
E é justamente isso que vamos apresentar nesse conteúdo: uma análise acerca do LER/DORT atualmente.
Para realizar essa reflexão, o fisioterapeuta Fernando Tavares preparou um conteúdo rico e de extrema importância. Acompanhe!
Um “workstyle” saudável, análise de LER/DORT nos dias de hoje
Será que esses conceitos retratam as principais, e mais frequentes queixas da maioria dos trabalhos e dos novos trabalhos do momento em que vivemos?
A questão leva a uma reflexão, uma vez que os conceitos que explicavam LER/DORT na década de 90 e anos 2000 retratavam o cenário daquele tempo e uma mudança secular dos processos de trabalho principalmente ligados aos computadores.
É indiscutível o impacto, estatísticas e prevalência dessas relações nos diagnósticos, como mostra o Instituto Nacional do Seguro Social/MPAS em 1997, mas é preciso olhar com outros olhos atualmente.
Sabe-se que a compreensão mínima é de que a doença se manifesta no indivíduo trabalhador que passa muito tempo repetindo a mesma ação, contudo é preciso ir além.
Ou seja, é preciso buscar entender e diferenciar o que é repetição de trabalho e o que é uso pessoal. Será que as ações não são parecidas ou as mesmas?
E se levarmos a questão um pouco adiante, será que o impacto dessas ações realmente é mais prejudicial no sistema osteomioarticular do que nas emoções e na afetividade?
Será que o contexto, seja de trabalho ou de vida pessoal, desse indivíduo trabalhador não tem um impacto muito maior na queixa do que a ação e/ou movimento repetido?
E para tudo isso a resposta é: Depende! E depende de quê? Depende de quem estamos falando.
Trata-se de um trabalhador, mas antes de tudo é um indivíduo, então pensemos nesse indivíduo, como está sua saúde física, emocional, social, espiritual, financeira. E assim vai!
Trabalhando o Novo Workstyle na Organização
Mesmo que a causa de tudo isso seja, de fato, as atividades relacionadas ao trabalho, precisamos dimensionar o quanto essa queixa é de exclusividade muscular e afins?
Quanto seu lifestyle interfere no seu workstyle? É preciso entender que o fenômeno de um não explica o todo.
Mas tudo bem, falamos sobre a média geral do grupo e eu concordo! Então é o momento de redefinir o escopo das ações corporativas como prevenção.
Nada contra alongamentos, relaxamentos e socialização, mas se não posso cuidar no 1×1, vamos chamar para o consciente hábitos que amenizam o impacto do mundo moderno.
Vamos “bater” neles até virar rotina, e assim chamamos de rotina e inserimos no dia a dia. Do outro lado, vamos observando se as queixas mudam, se elas diminuem.
Chega a hora que sobra só o que realmente merece a ação de diagnóstico e assim é muito mais específico, consequentemente, muito mais efetivo.
Não desprezamos o biológico, o psicológico e o social e dessa forma contemplamos tudo em um contexto favorável no ambiente de trabalho.
Dessa forma constrói-se um workstyle saudável para todos que permite que tudo melhore e que a vida em geral melhore.
Quer saber mais sobre LER/DORT?
Então acompanhe a live que rolou em nosso canal do YouTube.
Accurate, uma Empresa que se preocupa com a saúde dos colaboradores
Na Accurate a preocupação é frequente com a prevenção de problemas de saúde como LER/DORT.
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Autor
- Fisioterapeuta com Mestrando em Reabilitação e Desempenho Funcional pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto [USP], Pesquisador e colaborador de pesquisa no Laboratório de Movimento e Dor [LabMovDor]. Sou Membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor [SBED] e Membro do Comitê de Dor e Espiritualidade Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor [SBED]. Especializações em Osteopatia e Fisioterapia Manipulativa pela Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa [EBRAFIM], Especialista em Fisioterapia, Músculoesquelética pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto [FAMERP], Quiropraxia pelo Instituto Brasileiro de Quiropraxia [IBRAQUI]. Docente nível superior por 14 anos e coordenador de curso superior [com aprovação no MEC] por 05 anos.